aninhava.
Faz uns dias que me perco olhando essa foto, onde para mim é
tão nítida sua presença. Essa é a única que tenho registrada com esses olhos
que carregavam um amor que só crescia.
Um amor que preenchia meu ventre, meus seios, meu humor e
meu estômago, mas para além, muito além disso, preenchia minha alma com os mais
profundos sentimentos de gratidão. Gratidão pelo presente que a vida tinha me
confiado para cuidar e nutrir.
À medida que meus pensamentos, em silêncio e segredo, em
você fluíam, o sentimento de querer que fosse visto e reconhecido cresceu
também.
Não me importa o tempo que te carreguei, foi tempo
suficiente para te amar imensamente e jamais esquecer, na história da minha
vida, que cuidei de você até quando pude, até quando meu corpo e o seu foram capazes
de suportar.
Se essa intuição era você sussurrando em meus ouvidos, aqui
está, meu filho!
Você não cresce mais em meu ventre, é verdade! Mas, como amor de
mãe, infinito que é, cresce dia a dia no meu coração, onde não há jamais de sair, até o dia que daqui eu parta e te encontre.